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8 de abr. de 2013

Ritual de funeral, enterro ou cremação na Umbanda: é realmente necessário?


Olá filhos de umbanda, como estão?

Semana passada eu perguntei em nossa página do Facebook sobre o que vocês gostariam de ler hoje e a resposta quase unânime foi sobre funeral, enterro e cremação de umbandistas. Mas vou deixar claro que este artigo não pretende ensinar rituais a ninguém, muito menos passar verdade absolutas. Este é um blog de opinião, só isso.

O funeral é uma cerimônia de despedida na qual o corpo é exposto para que os parentes e amigos prestem suas últimas homenagens ao falecido. Eu acho uma atitude louvável, embora a máxima do "depois que morra é que a gente reconhece" impere nestes momentos. Para dar mais peso teórico a este texto eu decidi pesquisar sobre o tema, mas 90% dos resultados são cópias de um livro que se posiciona como manual de Umbanda.

Resumindo, o livro reza que o corpo deve ser cruzado com ervas e pemba, deve ser defumado e consagrado. Após isso vem as orações e cânticos, seguidas pela bênção no túmulo. Há também a crença de que a doutrina espírita proíbe a cremação, afirmando que o corpo deve ser enterrado obrigatoriamente.

Quem acompanha este blog sabe que eu defendo uma Umbanda mais questionadora e alheia à maioria dos rituais que vejo empregados em muitas casas. Ao ler sobre este tema eu começo a questionar principalmente sobre o que importa a nós espíritas. Não é o espírito que mais nos importa? Não somos espíritos envoltos de um aparelho de carne e osso? A resposta é: sim, o que importa à doutrina espírita é a alma da pessoa e sua evolução através da caridade.

Qual a influência da massa morta sobre o espírito desencarnado que já está em outro plano?
Nenhuma. O corpo influencia enquanto está ligado ao espírito, as causas da morte podem imprimis na alma dores terríveis, mas após o desencarne a matéria perde seu valor, tornando-se apenas material orgânico em decomposição que pode ser cremado, enterrado, doado à ciência, empalhado, embalsamado...

Dedicar uma gira à pessoa desencarnada, entoar pontos para seus orixás e fazer muita oração é plenamente aceitável. Mas consagrar o túmulo e o corpo são rituais dispensáveis se analisarmos de um ponto de vista mais prático e objetivo. Se concentrarmos esse tempo, energia e disposição aos encarnados, os resultados serão muito mais recompensadores.

Axé!


Um comentário:

  1. Existem relatos psicografados que defendem a não cremação dos corpos, visto espíritos ainda muito materialistas verem-se obrigados a acompanhar a deterioração dos próprios corpos para adiantar suas evoluções (desapego), diminuindo consideravelmente seu período de expiação (umbral).

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