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3 de abr. de 2013

Lendas e Parábolas: O Orgulho de Xangô



Bom tarde caros leitores.. 


Quaresma já encerrada e agora assim começamos 2013.

Já repararam que praticamente todo o evangelho deixado por Jesus foi dito em forma de parábolas ? 

Mas porque ele pregava dessa forma ? Não seria mais fácil i direto ao assunto ? 

Bom, naquela época todo aquele conhecimento e doutrina eram muitos novos, eram idéias digamos numa referencia contextual "iluministas" e sua digestão pelo povo, caso fosse dado de forma direta e clara não seria eficiente. 

O porque de a figueira secar, de transporta montanhas não seria tão enfática caso fosse falado:

"Se você não for produtivo não terá nada, se não tiver fé não conseguira nada"

Bom as vamos ao assunto. Muitos de vocês devem conhecer algumas lendas (itans) em que nossos Orixás são protagonistas de uma história, ora de guerra, ora de ciúmes, de paz, de amor, de romance. Sentimentos e situações puramente humanos em que eles, cada um com sua natureza, vivenciou tomando um rumo e um desfecho de sua história como Orixá. 

Mas qual a relação disso com as parábolas ?

Bom, agora sim tudo começa a ficar mais interessante. 

Nume breve e resumida lenda de Xangô, diz que o rei de Oyo, estava no alto das montanhas testando seus poderes, a voz de Xangô era o próprio trovão. 

Ele desafiava tais fenômenos evocando cada vez mais seus raios e trovões, cada vez mais intensos e poderoso, rasgavam o céus e estremeciam toda a terra. A sede por esse controle se tornou insaciável. 

Xangô estava deslumbrado com o poder que obtinha, seu orgulho por aquilo era amedrontador, quanto mais alto o trovão ecoava, maior era seu desafio para com a natureza, a vaidade já havia o coberto cegando sua razão fazendo a terra vivenciar a mais violenta das tempestades. 

Quando num breve suspiro Xangô parou, viu que a sua aldeia estava completamente destruída e em chamas, ao ver a desgraça que havia causado por sua vaidade ele se enforca numa gameleira, retornando a vida depois com a misericórdia de Iansã sua esposa.

Esse é um itan lindo que todos deveriam conhecer, resumidamente em sua síntese ele é assim.

As lendas e contos dos nossos Orixás, não deixam de ser de certa forma uma forma de parábola que fundamentam muitos preceitos da religião e nos orientam quanto nossa conduto e comportamento. 

Um dos aspectos mais notáveis dos filhos de Xangô, são sua pré disposição ao orgulho e ao enobrecimento do seu ego, o qual pudemos ver na lenda. Esse é o mesmo sentimento que nós humanos possuímos em muitas situações da vida e que em quase todas, nos abalam e nos desestruturam, assim como destruiu a aldeia de Xangô. Começamos então a compreender a relação das lendas com as parábolas. 

São ensinamentos que na época em que eram difundidos precisavam ser passados nessa linguagem, nessa forma, pelo contexto em que o homem estava situado, a localização e seu grau de compreensão quanto as coisas do mundo. Os ensinamentos contidos em cada lenda de um Orixá, em cada parábola deixada pelo mestre Jesus de nada importam como foram passados, se foi na linguagem metafórica, figurativa ou literal, o que vale mesmo são sempre as entre-linhas.

Começamos hoje então mais uma sessão continua no blog. 

Lendas e Parábolas

Para quem quiser conhecer a lenda na integra, clique aqui

Que meu pai Oxóssi abençoe a todos. 


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