Hoje dediquei um tempo a olhar alguns tópicos de discussão sobre Umbanda e me deparei com um tema que abordei em 2008: Jesus Cristo e sua relação com a Umbanda.
Eu participava de uma comunidade destinada ao estudo e discussão acerca da religião, composta por mais de 3.000 pessoas e reconhecida por sua racionalidade e tolerância, característica que ainda mantém. Contudo me surpreendi com algumas respostas que tive. Não sei se no momento eu ainda mantinha certa ingenuidade e esperava que todos partilhassem de minha opinião acerca de Jesus e acabei me assombrando, mas fato é que hoje mesmo após três anos eu ainda me assombro com o que li. Vi respostas que chegaram a ridicularizar a história de Jeseus esua importância para os umbandistas, falando que Jesus como não faz parte do panteão africano não possuía vez de culto nos templos, que a tradição umbandista o relegava a mera representação cincretizada numa imagem, que a Umbanda o reconhecia apenas como um profeta que se destacou dentre muitos outros. Apenas isso.
Tentei rebater evocando as palavras de Jesus, sua missão na terra e toda a herança moral que ele deixou, parafraseei sua máxima "Amai ao próximo como a si mesmo.." e fui ironizado. Uma distinta moça me disse que amar ao próximo é uma utopia, que ninguém é capaz disso. Claro que ainda não somos, mas dizer que é utopia é assumir condição passiva na evolução, reconhecer que jamais conseguirá andar adiante rumo à pureza, é jogar fora a chance de melhoria nessa encarnação.
Aderi aos preceitos Umbandistas por eles estarem intimamente ligados aos ensinamentos de Cristo ("Amai ao próximo", "Fora da caridade não há salvação" etc.) e também pela capacidade desta religião em absorver culturas e conhecimentos. A Umbanda é uma religião de braços e portas abertas a tudo o que agregue valor, não temos um sumo-sacerdote e nem um livro-mestre como a Bíblia, a Tora ou o Al Corão que nos limite. A umbanda é feita a cada dia, a cada pensamento que temos sobre ela, em nossa cultura não cabem dogmas e é isso que a torna tão bela e tão pura. Agora me respondam, se recebemos de bom grado todas as culturas que contribuam com a evolução de nossa crença, afinal os Ciganos não não fazem parte do panteão de Orixás africanos, assim como os marinheiros, boiadeiros, baianos e demais linhas auxiliares e mesmo assim os cultuamos, por que essa corrente insiste em relegar a fé cristã ao lado de fora do templo?
Axé.
Muito bom seus dizeres Claudio belo trabalho..Parabéns
ResponderExcluirAlexsandro
O que seria de nós, seres humanos, sem aquele que morreu por todos nós?
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