Ser Umbandista é aprender, é suportar e seguir em frente. |
Olá umbandistas, como vão?
Gostaria de me desculpar pela ausência nas últimas semanas, contudo saliento que ela foi absolutamente necessária para a concepção deste texto e dos que o seguirão.
Irmãos eu confesso a vocês que eu cogitei - seriamente - abandonar a minha missão. Não como umbandista, mas como Pai de Santo. Sei que como pai eu represento o elo central que une toda a corrente e confessar algo assim pode se tornar uma demonstração desnecessária de fraqueza. Mas prefiro encarar isso como um gesto de humanidade, não de fraqueza.
Meses atrás eu escrevi um artigo sobre o momento certo de abandonar a Umbanda e lá eu afirmei que se a pessoa tem um problema que a atrapalha de se dedicar integralmente à missão umbandista, é melhor se afastar e voltar somente quando o problema estiver totalmente resolvido. Mas e quando a aflição vem de dentro do terreiro? E quanto o desconforto está diretamente relacionado à missão? Foi este o meu questionamento.
A dor de ver minha dedicação às minhas crias ser respondida com traição me fez refletir sobre tudo, não somente sobre onde eu estava errando, mas principalmente se eu deveria ter iniciado esta jornada ou se deveria mesmo dar a ela uma sequência. Tentei meditar sobre o que eu sentia e me lembrei de que sempre comparei a missão de um pai de santo à de um pai ou mãe de sangue e me perguntei se algum dia eu já traí a confiança de meus pais ou se já os magoei tanto quanto estou magoado agora. Será que eles já pensaram em desistir de mim?
Talvez o motivo por eu ter me chocado tanto foi justamente essa comparação que faço com meus pais carnais, porque sempre me esforcei para deixá-los orgulhosos de mim e dos meus feitos, do meu caráter. Em momento algum eu levantei falso contra eles ou trabalhei para que a sua honra e imagem de nossa família fossem denegridos. Posso as vezes ter errado com meu pai e mãe, mas nunca os traí. E sempre foi essa postura que esperei (e continuarei esperando!) dos meus filhos de santo.
Revi meus valores. Sempre quis estar disponível a todos como pai, irmão e amigo, como conselheiro também, via nisso uma obrigação tão espiritual quanto cívica. Mas para que? Para ser fiador do desenvolvimento espiritual de pessoas que não pensarão duas vezes antes de crucificá-lo para garantir status e confiança de pessoas que julgam "mais importantes" na hierarquia do templo? Por isso quis parar.
Fiquei olhando as fotos das giras, os vídeos e me lembrando de tudo, ainda magoado. porém me lembrei dos bons momentos e de todos que valem a pena, dos que ainda me orgulham e de tudo o que ainda há para ser feito. E desisti de desistir.
Mas não desistir de fazer uma faxina social e de manter o foco em quem realmente interessa. Vou deixar que as pessoas desperdicem seu próprio tempo, não o meu.
Hoje muito decepcionada pois no terreiro que sigo umbanda, alguns irmãos inventam tanta coisas que voc~e não fez que desanima, alguns são queridinhos .Vc não pode acender uma vela pois querem saber p que p/ quem estou muito triste
ResponderExcluirColega te admiro te amo muito axe p vc.
ResponderExcluirEu me decepcionei muito com a umbanda,só que como estou sentindo mal,fui.ao médico.primeiro e depois num centro,foi me dito que estou carente e vdd,e tenho que fazer amaci,e bori,só que não tenho.condicoes financeiras pra fazer nada,além de não ter vontade de ficar seguindo na casa,só cuidar dos santos,posso fazer o amaci e e bori sem ter que frequentar a casa?
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