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17 de fev. de 2013

Punir para educar ou para se vingar?

E eu continuo aqui, firme e forte...
Olá umbandistas! Como estão?

Em meu último texto aqui no blog eu falei sobre a provação que passei e minha vontade de abandonar a Umbanda. No fim eu não abandonei e sigo cada vez mais firme com a minha missão, e como tudo na vida nos proporciona aprendizados maravilhosos eu vou falar sobre o que aprendi com o grande perigo de ser um líder religioso: o poder.

Um Pai de Santo, assim como um padre, pastor etc., tem o templo em suas mãos. e juntamente do templo, tem seus filhos sob sua responsabilidade. Ele cria as regras e tomas as decisões, todas elas, desde as cotidianas até as mais difíceis. Todavia tudo o que é decidido pelo sacerdote afeta a todos na casa, positiva ou negativamente. E é exatamente aí que mora o perigo, porque em um templo lidamos com pessoas, com egos e sentimentos, então não há decisões fáceis. Nunca. Porque este poder é uma faca de dois gumes, pode ser útil ou destruir tudo o que você levou anos para criar.

E nas situações de estresse? Como agir? Amigo leitor eu peço que você se imagine traído por alguém em quem depositou grande confiança. Dói, não é? O que você faria se estivesse em posição diretamente superior à ela? Esmagaria? Daria uma punição exemplar? Foi o que eu pensei, aliás foi o que eu mais quis fazer! Foi então que eu refleti sobre este poder que o sacerdócio concede e o problema de punir um erro: ensinar ou se vingar?

Irmãos não vou mentir que a vontade de me vingar foi extremamente grande e a batalha contra este sentimento foi uma das mais duras que ja enfrentei dentro de mim. Duramente esclarecedora, porque pude refletir sobre toda a minha missão, meus valores pessoas, minha fé e meus atos. Reli meus artigos neste blog e descobri aqui um grande inventário moral, percebi que se eu desse vasão às minhas vontades eu estaria traindo tudo o que julgo certo, estaria traindo vocês que fazem deste blog uma fonte de estudos e inspiração espiritual.

Minha fé não poderia ser maculada por uma vingança e minha dor não passaria se eu descontasse as facadas que tomei. Lembrei que o significado das punições é a educação e a vida me puniu com isso tudo, com este sofrimento e me educou também! Foi quando eu encontrei a resposta e decidi deixar que a vida eduque a todos os envolvidos nesta história. Resolvi esquecer, riscar do mapa quem não me agrega nada enquanto o mundo vai girando e ensinando a todos nós.

Este texto eu dedico aos meus amigos, família e filhos por me inspirarem sempre a fazer a coisa certa.

Muito axé a todos vocês!

3 comentários:

  1. Olá! Desculpa incomodar mais uma vez, tenho uma duvida... "Respeitar a natureza" é praticamente lei na Umbanda, eu amo a natureza, os animais, tudo a cerca disso, mas quando o assunto é INSETO... Principalmente borboletes (SIM, eu tenho medo de borboletas), peço para matarem, ou eu mesma mato o coitado do bichinho, se sinto dó? Sim, mas o meu medo é maior, isso é grave? rs. Me desculpem pela pergunta boba!

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  2. Oi Rafaella, como vai? Um dos princípios da Umbanda é o respeito à vida, ou seja, o ato de não matar ou sacrificar por motivo algum. Contudo como humanos temos nossos instintos de sobrevivência que nos fazer repelir ou atacar o que nos ameaça. Meu terreiro, por exemplo, fica em uma chácara e lá há muitos pernilongos e sempre que vejo um eu mato porque sei que ele certamente virá até mim para sugar meu sangue ou passar alguma doença. É sobrevivência... agora se a pessoa é do tipo sádica que mata por prazer (sabe aquelas crianças que ficam torturando formigas usando uma lente de aumentou ou mutilando-as com palitos de dente?) já é um caso reprovável.

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  3. Bem e você? Obrigada mais uma vez por esclarecer minhas duvidas! Beijos!

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