21 de Dezembro de 2012
Hoje ao certo não sei se meus caros leitores, conseguiram ver essa postagem após as 19 horas, já também não sei se dei o máximo de mim esse ano, essa semana, ontem e se estou dando o máximo de mim hoje.
Em apenas algumas horas como num programa de retrospectiva 2012, tive um filme da minha vida desde o dia 8 de Fevereiro de 1988, lembranças da infância, dos meus primeiros passinhos, minha primeira papinha, minha lancheira, a escolinha, o primeiro cadernos, as primeiras tarefas de casa. Os desenhos que assistia quando chegava da escola, as brincadeiras que gostava de fazer, as broncas que levava. Como se fosse ontem aprendi a fazer as primeiras continhas de soma e subtração, as primeiras pedaladas numa bicicleta, o primeiro animalzinho de estimação, o nascimento do meu irmão. De forma progressiva, me vi com 15 anos, a voz ora fina ora grossa, os amigos, os avós, os tios e tias, primos e primas, distantes e próximos, a adolescência, tudo que nela tem de conturbado e tudo o que temos pra descobrir nela.
Na mesma linha do tempo, vi tudo mudar, tudo se transformar, tudo e todos crescerem, o término do colégio, a despedida da casa dos pais, a faculdade, o estágio, o primeiro emprego, o primeiro salário. Vi e senti como se fosse ontem, o terreiro, o cheiro da defumação, o som dos atabaques, a ansiedade antes dos trabalhos começarem, vi o tempo passar, as obrigações que dei a cada Orixá, a feijoadas de Ogum, as frutas em Janeiro pro meu pai Oxóssi.
Vi o tempo correr e ele correu.
Hoje é o último dia de uma geração de 2012 anos, onde nela aconteceram, guerras, fome, pestes, desastres, escravidão, violência e falta de amor. Exatamente tudo ao contrário de que nosso mestre nos deixou de exemplo, exatamente tudo aquilo que um preto velho em seu banquinho disse para não fazermos. Demos mais importância para nós mesmo do que para o coletivo, para o dinheiro do que para a saúde, para as coisas do que para as pessoas, mais uma vez não aprendemos que todos unidos somos mais fortes, que se dessemos pelo menos metade do que temos para auxiliar o próximo, não existiria riqueza nem pobreza, como diz uma alma sábia. Mais uma vez escolhemos acumular do que dividir, exigir compreensão do que ser compreendido, mais uma vez escolhemos o caminho do "eu" do "meu".
Mas tudo já estava escrito, tivemos 2012 anos para tentar por em pratica o amor ao próximo, o sorriso sincero ao invés da reclamação diária, tivemos mais de dois mil anos e inúmeras encarnações para simplesmente amar um pouco mais o próximo, para viver melhor e de forma mais intensa cada nascer do sol. Tivemos 5 chances na semana para sermos mais alegres, mais felizes, tivemos 4 semanas no mês para abraçarmos nossos irmãos, para a caridade, tivemos 12 meses no ano para nos melhorar e se passaram 2012 anos e continuamos repetindo os mesmos erros.
Não sei ao certo, como será o final do mundo hoje, os Maias acertaram as previsões, nisso ao menos a humanidade não errou.
Temos apenas algumas horas, não conseguiremos dar nosso "Feliz Natal" as pessoas que amamos, depois disso nem existirá mais natal e nem aquele clima de espirito natalino, não vou vestir mais branco no Ano Novo, nem estourar champanhe e a última contagem regressiva que farei vai ser para sempre daqui algumas horas.
Restam apenas 4 horas, não sabemos se o Sol mandará raios fortes e queimara toda a terra, se será rápido, ou lento e doloroso, se virá um dilúvio novamente, não sei quanto tempo durará o fim, mas enfim ele chegou, suas promessas, seus planos, seu futuro, acabou-se tudo. Não adianta estocarmos água e suplemento, nem rezarmos, talvez refletir e pensar um pouco no modo que temos levado a vida, traga um pouco de conforto caso você tome consciência de quanto podemos melhorar, mas isso também não irá mudar o fato de que o mundo hoje acaba e nos desperdiçamos todas as nossas chances e encarnações.
Deixo, aqui meu eterno arrependimento, minha eterna lamentação e súplica por uma nova chance, de por em prática tudo o que nosso mestres no ensinou, tudo o que os pretos velhos nos falaram, deixo aqui meu eterno pedido de perdão por não ter aproveitado o dia de hoje como se fosse o último, mas isso hoje eu conseguirei fazer, afinal hoje é o último dia.
Pensem e reflitam amigos leitores, o texto foi escrito de forma lúdica, mas realmente não sabemos quando será o fim de tudo, ou se ele realmente irá existir, então aproveitem as chances e tenham um excelente dia.
Que Oxóssi, Iansã e os Erês abençoem a todos.
Axé
Hoje ao certo não sei se meus caros leitores, conseguiram ver essa postagem após as 19 horas, já também não sei se dei o máximo de mim esse ano, essa semana, ontem e se estou dando o máximo de mim hoje.
Em apenas algumas horas como num programa de retrospectiva 2012, tive um filme da minha vida desde o dia 8 de Fevereiro de 1988, lembranças da infância, dos meus primeiros passinhos, minha primeira papinha, minha lancheira, a escolinha, o primeiro cadernos, as primeiras tarefas de casa. Os desenhos que assistia quando chegava da escola, as brincadeiras que gostava de fazer, as broncas que levava. Como se fosse ontem aprendi a fazer as primeiras continhas de soma e subtração, as primeiras pedaladas numa bicicleta, o primeiro animalzinho de estimação, o nascimento do meu irmão. De forma progressiva, me vi com 15 anos, a voz ora fina ora grossa, os amigos, os avós, os tios e tias, primos e primas, distantes e próximos, a adolescência, tudo que nela tem de conturbado e tudo o que temos pra descobrir nela.
Na mesma linha do tempo, vi tudo mudar, tudo se transformar, tudo e todos crescerem, o término do colégio, a despedida da casa dos pais, a faculdade, o estágio, o primeiro emprego, o primeiro salário. Vi e senti como se fosse ontem, o terreiro, o cheiro da defumação, o som dos atabaques, a ansiedade antes dos trabalhos começarem, vi o tempo passar, as obrigações que dei a cada Orixá, a feijoadas de Ogum, as frutas em Janeiro pro meu pai Oxóssi.
Vi o tempo correr e ele correu.
Hoje é o último dia de uma geração de 2012 anos, onde nela aconteceram, guerras, fome, pestes, desastres, escravidão, violência e falta de amor. Exatamente tudo ao contrário de que nosso mestre nos deixou de exemplo, exatamente tudo aquilo que um preto velho em seu banquinho disse para não fazermos. Demos mais importância para nós mesmo do que para o coletivo, para o dinheiro do que para a saúde, para as coisas do que para as pessoas, mais uma vez não aprendemos que todos unidos somos mais fortes, que se dessemos pelo menos metade do que temos para auxiliar o próximo, não existiria riqueza nem pobreza, como diz uma alma sábia. Mais uma vez escolhemos acumular do que dividir, exigir compreensão do que ser compreendido, mais uma vez escolhemos o caminho do "eu" do "meu".
Mas tudo já estava escrito, tivemos 2012 anos para tentar por em pratica o amor ao próximo, o sorriso sincero ao invés da reclamação diária, tivemos mais de dois mil anos e inúmeras encarnações para simplesmente amar um pouco mais o próximo, para viver melhor e de forma mais intensa cada nascer do sol. Tivemos 5 chances na semana para sermos mais alegres, mais felizes, tivemos 4 semanas no mês para abraçarmos nossos irmãos, para a caridade, tivemos 12 meses no ano para nos melhorar e se passaram 2012 anos e continuamos repetindo os mesmos erros.
Não sei ao certo, como será o final do mundo hoje, os Maias acertaram as previsões, nisso ao menos a humanidade não errou.
Temos apenas algumas horas, não conseguiremos dar nosso "Feliz Natal" as pessoas que amamos, depois disso nem existirá mais natal e nem aquele clima de espirito natalino, não vou vestir mais branco no Ano Novo, nem estourar champanhe e a última contagem regressiva que farei vai ser para sempre daqui algumas horas.
Restam apenas 4 horas, não sabemos se o Sol mandará raios fortes e queimara toda a terra, se será rápido, ou lento e doloroso, se virá um dilúvio novamente, não sei quanto tempo durará o fim, mas enfim ele chegou, suas promessas, seus planos, seu futuro, acabou-se tudo. Não adianta estocarmos água e suplemento, nem rezarmos, talvez refletir e pensar um pouco no modo que temos levado a vida, traga um pouco de conforto caso você tome consciência de quanto podemos melhorar, mas isso também não irá mudar o fato de que o mundo hoje acaba e nos desperdiçamos todas as nossas chances e encarnações.
Deixo, aqui meu eterno arrependimento, minha eterna lamentação e súplica por uma nova chance, de por em prática tudo o que nosso mestres no ensinou, tudo o que os pretos velhos nos falaram, deixo aqui meu eterno pedido de perdão por não ter aproveitado o dia de hoje como se fosse o último, mas isso hoje eu conseguirei fazer, afinal hoje é o último dia.
Pensem e reflitam amigos leitores, o texto foi escrito de forma lúdica, mas realmente não sabemos quando será o fim de tudo, ou se ele realmente irá existir, então aproveitem as chances e tenham um excelente dia.
Que Oxóssi, Iansã e os Erês abençoem a todos.
Axé
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