Olá amigos, como vão? Como as eleições já passaram em boa parte das cidades brasileiras, me sinto mais confortável para falar desse assunto que é tão delicado. Afinal, política, religião e futebol não se descute, não é mesmo? Embora todo mundo insista em misturá-los.
Nada contra o jogador agradecer a Deus pelo gol que acabou de fazer, mas Deus não teria coisas mais urgentes para se preocupar? Enfim, isso é o de menos. O que mais me preocupa é a mistura de religião com política, aí sim - ao meu ver, ressalto - mora o grande perigo.
Sejamos objetivos. Qual a real necessidade de uma igreja, terreiro ou qualquer outro templo ter um representante no Legislativo ou Executivo? Alguns me disseram "Assim as leis serão formuladas conforme nossos ideais, logo a nossa fé estará mais protegida". Para começar a conversa devemos entender que há no Brasil a Constituição Federal, que nada mais é do que a lei suprema de nossa república, lei esta que garante aos cidadãos o Direito ao Culto e o Direito à reunião, em outras palavras, toda pessoa tem direito de se reunir em qualquer local público (mediante aviso das autoridades) ou privado (mediante autorização do dono do lugar) para manifestar a sua fé. O que mais as religiões querem além disso?
Nós necessitamos de tão pouco para sermos felizes e na vida religiosa essa máxima se aplica também. Precisamos de liberdade de fé e ponto final. O Brasil é um Estado Laico, ou seja, há separação entre Estado e Igreja, portanto o pastor, rabino, padre, pai de santo etc. deve ocupar o seu lugar e função social que é o de pregar, enquanto o legislador (que até pode ser um sacerdote) deve se ocupar das leis e gestão pública. Para que misturar as coisas? Para que usar a igreja ou terreiro como plataforma de campanha? Para que se colocar como escolhido de Deus ou representande do povo de Umbanda na câmara? Deus tem mais o que fazer, não acham?
Cada coisa deve sempre estar no seu lugar, principalmente política e religião.
"Dai a Cezar o que é de Cezar e a Deus o que é de Deus".
Jesus.
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