Bom dia irmãos, como estão todos?
A Umbanda é realmente cheia de surpresas. Somos testados a cada segundo pelas forcas do Astral e assim temos a oportunidade de superar as provações e, acima de tudo, aprender com as adversidades. O bom disso é que sempre saímos mais fortes, não é?
Toda gira tem seu proveito. Umas são mais leves e com a vibração positiva lá em cima, enquanto outras são tremendamente tensas e carregadas. Já fiz vários trabalhos em que a casa estava cheia de filhos, porém carente de assistidos. Essas situações são boas para treinar o corpo mediúnico, ensair os cânticos, rituais, bater um bom papo com os filhos etc.
E na situação inversa? Quando temos casa cheia de assistidos e poucos filhos na corrente?
Essa é a "hora H" do teste de resistência Umbandista, principalmente se os assistidos, em sua maioria, estiverem carregados de vibrações negativas. É o momento de todos serem fortes e aplicados, de fazer valer a fé,a união e a doutrina aprendida no templo e na vida. Assim o peso da negatividade é dividido igualmente entre todos e ninguém se cansa, ninguém cai.
Isso aconteceu comigo. Na última gira que realizei.
Entre a nossa épica festa de Cosme e Damião e a difícil (e proveitosa!) festa de Oxum se passaram 21 dias em que tive despedidas de médiuns, algumas brigas com conhecidos, doenças e mais uma série de acontecimentos que impediram grande parte de meus filhos de comparecerem ao templo. em contrapartida a noite estrelada e as boas condições da estrada facilitaram para que a casa ficasse lotada de pessoas para tomar seus passes e consultas.
Irmãos, é nessas horas que eu sinto orgulho de ser umbandista e vejo que meus filhos são mais que membros do terreiro. São uma família! Há tempos que não via tamanha entrega entre os médiuns, os problemas com a cantoria e o firmar de cabeça simplesmente desapareceram e todos os presentes na corrente trabalharam incansavelmente do início ao fim dos trabalhos.
Oxum estava lá, linda e radiante vibrando em suas caboclas através de suas médiuns. Deram passem, fluidificaram, energizaram, limparam. Foi lindo!
Sr. Zé Pelintra chegou em terra para banhar as cabeças de seus filhos guerreiros com água da cachoeira, rosas e alfazema. Quase chorei ao ver a cena dele, sentado num banquinho lavando o ori de seus filhos um a um e em seguida tirando o chapéu para banhar sua própria coroa e, por consequência, a minha também.
Para encerrar, após a passagem de nossos compadres Exús e comadres Pombagiras, um dos mais graves descarregos do ano, tamanha era a carga negativa acumulada pelos visitantes que lá foram. Mas quem disse que meus filhos falharam? Quem disse que eles sequer cansaram?
Eles estavam firmes. São firmes. E assim como a nossa fé e nossa doutrina, são INABALÁVEIS!
Muito axé e saravá Mamãe Oxum!
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