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17 de set. de 2012

Na umbanda, menos é mais

 
 
Olá irmãos, como vão? Desculpem-me por não ter escrivo semana passada, mas as coisas estavam um tanto corridas.

Na semana retrasada, com sol e feriado prolongado, tivemos a nossa primeira festa de boiadeiros no Portal dos Orixás, algo que eles me cobraram já no ano passado e agora em 2012 consegui o espaço em nossa apertada agenda (com giras somente a cada 21 dias) para esta celebração. De início eu pensei que por ser a primeira festa deles, os boiadeiros exigiriam uma preparação e arrumação elaboradas, mas me enganei. Eles mantiveram-se fiéis às suas origens e me pediram apenas três coisas: costela na brasa, farofa e gente pra dar passes. Bem a cara deles, não?

Foi uma festa linda! Aliás, venho me surpreendendo com as opiniões das pessoas de que cada festa que fazemos é sempre a mais bela já feita. O que teoricamente vai na direção oposta da lógica comum, já que nosso investimento em termos de material e tempo na arrumação só tem caído, ou seja, as giras são cada vez mais simples. Mas na prática a minha visão tem se confirmado, já que desde o início venho martelando que o investimento de esforços deve ser nas pessoas e não nos acessórios. É na mente delas que devemos trabalhar, educando-as e motivando-as para que elas se doem ao máximo na gira, aumentado sua sintonia com os Orixás e os Mentores de Luz e pavimentando o caminho para a caridade.

Antes de começar a gira eu corro os olhos pela casa e fico aliviado por não ver mais tantas plumas e paetês, oferendas suntuosas, panos multicoloridos e rendas intermináveis nas roupas dos filhos, assim podemos prestar mais atenção em seus olhares, eles ficam mais livres para se movimentarem pela casa, bater palmas, cantar com alegria. A sinal de que tudo isso está dando certo fica claro quando corro meus olhos novamente pelo salão, só que no término dos trabalhos e vejo semblantes aliviados, olhos brilhando de alegria por mais uma missão cumprida e o sorriso no rosto como sinal de satisfação.

Eu aprendi que objeto nenhum tem poder se não houver por trás dele a fé em algo maior. Uma guia por mais brilhante que seja será apenas um fio de nylon envolto de miçangas se o filho não tiver fé e quanto mais fé, maior o desapego e com isso será menor a necessidade de amuletos. Na Umbanda menos é mais. Acreditem!

Eu aprendo isso a cada dia. E você, o que tem aprendido com a Umbanda?

Axé.

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