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23 de mai. de 2012

O que você quer ser quando crescer ?



Astronauta, cientista, super-herói, sonhos nostálgicos, comuns, de quando ainda somos puros, de quando ainda somos crianças.

Fada do dente, coelho da Pascoa, Papai Noel, brincar de faz de conta, jogar peão, bater bafo, levar chinelada, andar descalço, jogar bola na rua, quebrar vidraça, chutar lata, apostar corrida, cuspidas, subir em árvore, espiar, ralar o joelho, riscar a parede, soltar bombinha, ter amigos, brincar de lutinha, ver desenho e dormir tarde. 

E depois que tudo isso passa, as únicas coisas que trazemos da nossa infância é a saudade e a mesma pergunta.

O que você quer ser quando crescer ?

Saber essa resposta, não será o fim de suas buscas, é apenas o ponto de partida que dará inicio a sua caça, para onde deve mirar sua flecha, é o que dará força para algo absurdo torna-se possível, não saber essa resposta também não é estar sem rumo, perdido ao relento, afinal temos pressa pra que ?

Dada a caça, com alvos na mira, o ímpeto e a vontade de vencer nos tomam conta, dia após dia criamos hábitos, mantemos a disciplina, acordamos cedo, temos bons dias, temos maus dias e até mesmo temos apenas dias, o que na minha humilde opinião são os piores. Acordamos cedo, dormimos tarde, economizamos, gastamos mais do que podemos, trabalhamos até tarde, tomamos café durante o dia e cerveja no final da tarde, pegamos transito carregado, metro lotado, ficamos com fome, com dor de cabeça e caímos na gargalhada nos momentos que mais precisamos ser sério. 

Segunda a Domingo, vivemos com a flecha armada e apontada para a nossa caça, para o nosso sustento, levamos o galardão no peito daquilo que somos, daquilo que escolhermos pra ser, e assim então segue nossa vida, trabalhando, caçando e colhendo. 

Hoje já não queremos ser mais astronautas, cientistas ou super-herói, não pulamos mais o muro e nem voltamos com o joelho ralado pra casa, não levamos mais chineladas, a não ser as que a vida nos prepara, também não chutamos lata e agora a brincadeira não é de faz de conta. 

Nossa lua virou uma casa, nossa formula cientifica hoje são contas do final de mês, e nossa missão como super-herói é manter se honesto e firme num mundo tão cheio de injustiças e vilões, nossas conquistas agora tem outros sabores, uns deixam se embebedar pelo vinho da ambição e acabam esquecendo que um dia já andaram descalços, outros ainda querem ir a lua, desenvolver formulas secretas ou voar pelo céu para salvar a linda donzela.

Mas uma coisa é fato e não mudou nada desde que eramos crianças, todos ainda temos sonhos. 

O que nos move, não é a conta paga, nem a casa quitada, muito menos o carro que você comprou, o que nos move está longe de ser o que nos tornamos, se somos astronautas ou hippies artesãos, o que faz nossos corações bater e os pulmões se encherem de ar a cada suspiro, é a vontade de vencer, de ter desafios, guerras e demandas para enfrentar, de resto, tudo o que você conseguiu sinto informar mas é mera consequência do sonho que teve e da batalha vencida, e que quando partir dessa, não levará nada contigo.

O que nos move é o desejo, o sonho. 

Ao contrário de que se pensa, os sonhos não são feitos daquilo que vivemos, o que vivemos é que é feito de sonhos. 

Apenas sonhe e cace, aprendi com meu pai que ele não atira para errar e minha mãe não guerreia pra perder, aprendi que se pararmos de sonhar, de ir a lua e de ser super-herói, nossas vidas serão apenas uma vida e não o sonho que sempre desejamos, seremos apenas mais um e não um super-herói. 

Que meu pai Oxóssi ilumine a caçada de todos aqueles que sonham, que minha mãe Iansã sopre os ventos para aqueles que ainda não tem sonhos, e que os ibejis façam daqueles que precisam, voltarem a sonhar como crianças.

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