O que eu mais gosto na Umbanda? O fato dela ser uma grande nuvem. Sim, algo de proporções monumentais, que só conseguimos perceber sua magnitude quando nos distanciamos, pois quando dentro ela nos envolve ao passo que não conseguimos mensura-la, compreende-la como realmente é.
Isso se deve à sua heterogeneidade, ao fato de cada casa ser única, uma célula num grande organismo que embora não possua um cérebro, sabe muito bem para onde ir e como chegar lá. Aliás esse organismo chamado Umbanda possui sim um cérebro: Deus. E é isso o que a difere de todas as demais religiões - e o que, particularmente, me conquistou: nós umbandistas não possuímos um Papa, um Apóstolo ou um Bispo para servir-nos (ao menos hipoteticamente) de interlocutor com Deus. A própria Lei de Umbanda nos ensina por meio do dia a dia e do contato com os Orixás que devemos buscar Deus dentro de nós mesmos. Aprendemos que o indivíduo jamais deve se sobressair ao grupo.
A beleza da Umbanda está nas pessoas e no que elas são capazes de fazer juntas e da forma mais simples possível. São tantas histórias para contar, casos de superação e abnegação, pessoas de todas as idades, gêneros, cores e níveis sociais. Todos juntos formando o Exército Branco de Pai Oxalá, marchando como uma nuvem no céu, heterogenia para quem vê de perto, constante e inevitável para quem a vê ao longe. Juntos somos gigantes.
Axé.
NOTA: Ao escrever esse texto tive a curiosidade e a ideia de abrir espaço para que vocês, irmãos que acompanham este blog, contem as suas histórias marcantes na Umbanda, como chegaram ao Templo, o que esperam de sua religião. Sempre que me contarem algum relato, prometo transcreve-lo aqui. Pois estou há quase um ano falando só de mim e gostaria de saber mais sobre vocês.
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