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17 de dez. de 2013

A escola da dor.


Por tempos aqui não escrevo, não deixo aquelas velhas e medianas linhas, com um pouquinho do que. insignificantemente aprendo no decorrer dessa minha jornada na terra. 

Muito se fala aqui sobre, caridade, evolução, ajuda, mediunidade e lições da vida, escrevemos um pouco aqui daquilo que cotidianamente acontece em todos os lares, com todas as pessoas, do rico ao pobre, do mais esclarecido ao mais ignorante, falamos aqui daquilo que acontece, com crentes, católicos, evangélicos, umbandistas, candomblecistas, budistas e todos os istas que puderem imaginar. 

Pensamos, organizamos e explicamos idéias que qualquer um pode seguir, aplicar e praticar na sua vida, deixamos aqui nosso mero e humilde exemplo, nossa breve historia diante do infinito. 

Deixamos aqui aquilo que acreditamos, aquilo que queremos que seja jogado ao vento e espalhado para os quatro cantos, pois é essa a forma mais preguiçosa que encontrei hoje de fazer muito menos do que devo, de fazer o minimo perante aquilo tudo que recebo todos os dias ao acordar. Que de maneira bem hipócrita deixo somente o bom exemplo, mas que escondo minhas quedas e falhas. Acredito fielmente que vocês aprenderiam muito mais com esses exemplos do "o que não fazer", do que com o "o que devem fazer".

Distante de mim querer ensinar aos outros aquilo que se deve ou não fazer, deixo apenas meu exemplo, minha história. 

E ai está o ponto, minha história. 

Construída e destruída todos os dias, começada e terminada constantemente, repleta de erros e acertos sortudos guiados por aqueles que nos protegem, não muito diferente da sua história, não tão longe da realidade de vocês que ai estão do outro lado da tela. 

Você também, um ser que assim como eu, carregado de instintos, traumas, falhas e personalidades, vícios e virtudes se reformam todos os dias. Assim como um diamante que precisa ser lapidado, nós pobre humanos somos lapidados todos os instantes a todas as falhas que nos resultam no sofrimento escondido que trazemos no mais fundo de nossas almas. 

Aquilo tudo que jogou num lodo escuro e denso, aquilo tudo que fere calado, que ficou no passado, e que hoje soma a sua personalidade certo traço, ora bom, ora ruim. Ruim pra você mesmo, ruim pra nós mesmo, nossas provas, nossas aflições. Nosso maior presente. 

Que não soe masoquismo, muito menos um breve lapso de martirismo barato, mas sim tudo aquilo que nos mata, nos machuca e que por fim trás o tão temido sofrimento, é o nosso maior presente, aquilo que Deus nos guardou como o melhor remédio, o xarope amargo e eficiente para a cura. 

Somente através do instrumento da dor que abriremos os olhos do espirito, as janelas da alma, somente no escorrer das lagrimas purificaremos nosso ser, limparemos nossa alma. Não há passes nem livros, muito menos doutrina e religião nenhuma que o cure, se não o sofrimento. É na escola da dor que aprendemos a lição exata daquele momento, mesmo que muitas vezes cego estaremos, que nada enxerguemos e a única alça que iremos ver no sofrimento é a revolta, apenas respire e traga para dentro de si, toda aquela dor, sugue aquilo como o último gole de vida que tens, mastigue e se alimente daquilo vagarosamente, para que consiga digerir tudo, peça a luz e o esclarecimento caso não consiga entender ou aprender com aquilo que sofre.  Cedo ou tarde irá realmente se curar, sentir o efeito do remédio mais santo do mundo. Entenderá o perdão, a compaixão, entenderá o outro e assim o amará, como amará a ti mesmo. 

No caminho da resignação não há treva que perdure, aceite e confie, respira e entenda, olhe sempre para a causa ao invés de enfatizar a consequência, humildemente irá ver que a causa primária de tudo o que passou sempre esteve em você e assim poderá tirar a culpa do mundo e de Deus. 

Essa é a dura e árdua tarefa da Reforma íntima.

Que Oxóssi e Iansã abençoe a todos.


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