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17 de dez. de 2012

Festa de Iemanjá parte 2: a alegria de ser umbandista

Filhos alegres e sem vaidade: isso é união em um terreiro de Umbanda!
 Olá irmãos de fé umbandista!

Nossas fotos já estão em nossa página no Facebook!

Semana passada falamos sobre o sacrifício de cada um em nossa festa de Iemanjá e o quanto isso foi gratificante. Hoje vou encerrar falando da alegria das pessoas.

Eu estava com medo da chuva, medo do vento ficar forte o bastante para levar embora nossas barracas, molhar os atabaques e macular nossa celebração. Medo de que uma forte chuva de verão colocasse abaixo o esforço de cada filho e com isso eles ficassem tristes, desmotivados.

Chegou o momento da gira. Céu estrelado, vento suficiente para nos refrescar, tentas montadas, couro esticado, areia fofa e cerca de 40 sorrisos estampados nos rostos dos filhos, amigos e visitantes que estavam dentro de nossa corrente (sem contar as dezenas de assistidos em suas cadeiras ao redor da tenda).

As palmas ressoavam, eu cantava até minha voz desaparecer e, depois disso, continuava cantando, o couro gemia no toque de ijexá que chamava os Guias para a terra. Iemanjá com seu canto profundo - a homenageada da noite - abriu a gira e benzeu filho por filho, visitantes e assistidos com suas flores e alfazema. Depois vieram Ogum, Xangô, Oxum, Iansã e Senhor Omolú, todos tão vibrantes quanto as pessoas que cantavam para eles. Os Orixás agradeciam o carinho e a alegria de cada filho seu.

Eu queria ser mil ali, cantava, tocava, trabalhava e orquestrava a todos e todos devolviam meu empenho com igual esforço. Estávamos unidos, éramos um só coração, um único sentimento de alegria e amor à missão umbandista.

Depois de Cosme e Damião, Pretos Velhos, Baianos e Boiadeiros eu pude sentir em minha pele o tamanho da felicidade dos Orixás. Senti isso quando um dos maus mais fieis companheiros espirituais habitou meu corpo: Marinheiro Pereira. ele estava radiante! Senti naqueles momentos o tamanho de sua felicidade, não pelos peixes, não pela tenda e flores, mas por conta da união das pessoas, da falta de vaidade e do empenho de cada um. Ele estava feliz pela simplicidade, porque os filhos não olhavam de soslaio para as roupas dos outros, porque não havia estrelas ali, porque o maior presente que os Orixás poderiam ganhar lhes foi dado: a união e a humildade de cada um.

A alegria da ser umbandista!

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