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12 de abr. de 2012

CONFIAR EM SI

Amigos o texto de hoje é - mais uma vez - sobre aprendizado, contudo fica a observação que sempre faço, muito embora ela nunca tenha feito tanto efeito quanto dessa vez: "Aprendemos mais com nossas falhas. Magnânimo é o homem que aprende com seus deméritos".

Por dias minha Zeladora Espiritual me convocou juntamente de meu irmão de batalha, Pai Peninha, para uma reunião que trataria do desenvolvimento espiritual de parte de nossos filhos. Confesso-lhes que antevia momentos modorrentos de uma mesmice sem fim. Sim, tenho lá os meus preconceitos. Porém é nessas horas que os orixás nos preparam as maiores surpresas, não é mesmo? A vida é assim...

Nos deparamos com um problema que exigiria algum tipo de postura inédita de nós três, tanto no ponto de vista ético quanto no que tange rituais. Seria um esforço para arrastar tudo de volta à normalidade e impedir o desgaste de almas ainda inocentes. E foi aí que meu aprendizado começou.

Irmão em entrei em estado de concentração profunda, fui sugado para algum lugar dentro de mim de forma que os comentários ao redor não passassem de meros ruídos. Aquilo foi compulsório, alheio à minha vontade e disposição - logo eu que sempre afirmei ter mediunidade nenhuma além-templo! Eu vi o que deveria ser feito, não foi ninguém que me soprara ao ouvido, aquilo foi real e aconteceu diante de meus olhos ainda cerrados. Cada ordem, cada passo a ser dado, os pontos riscados, os elementos, tudo. Seria magnífico se eu não tivesse me calado, afinal o pragmático Pai Claudio que sempre afirmou seu ignóbil talento místico estaria afirmando ter ali, diante de todos, pela primeira vez e num momento tão importante, uma viagem astral instantânea que revelaria a (possível) solução de um intrincado quebra cabeças. Estranho, não? Eu achei e - burro -  me calei.

Como resposta a isso obtive o castigo. A inquietação me corroía a alma, as conversas que antes não passavam de surdos ruídos se tornaram num infernal enxame de palavras bimbalhando em minha cabeça. Não resisti e pedi para sair, ir para a rua me parecia a melhor solução naquela hora. Primeiro pé na rua e eu já não estava mais ali e, após um tempo incontável de escuridão, eu soube que o Sr. Exú Marabô nos havia feito uma visita e - pasmem! - dissera tudo aquilo que eu vi outrora.

Horas depois confessei ao Pai Peninha o que havia se passado e como resposta ele me disse - certamente fazendo coro com todos os orixás possíveis: "Você precisa confiar no seu taco".

E eles estavam certos, totalmente certos. Nós temos o poder de buscar as respostas no infinito, basta-nos fé e preparo. Somos capazes de coisas grandiosas todos os dias. Vamos assumir isso?

Axé.

Em tempo: nosso irmão Rodrigo Conceição está internado no Hospital Municipal de Itanhaém com quadro grave de apendicite. Fizemos uma grande corrente de oração e ele está melhorando, por isso peço a todos os irmãos que oremos juntos por ele todas as noites, até que ele volte para sua família e amigos. Amém.

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