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11 de nov. de 2011

OS SÁBIOS



Domingo passado fui junto de meu pai e cambone do templo a uma palestra do ilustre orador kardecista Divaldinho Mattos. A palestra tratava dos caminhos da mediunidade, das responsabilidades que um médium chama para si ao assumir a condição de meio entre o plano espiritual e as pessoas que necessitam de ajuda. Foi uma manhã sem igual, recheada de informações e bom humor. Está certo que o foco do discurso era na a doutrina de Allan Kardec, contudo médium é na Umbanda, no Candomblé, nas igrejas, no Kardecismo, onde for e padecem das mesmas falhas e necessitam de coisas semelhantes, como conhecimento da doutrina e do plano espiritual e também - em muitos casos - humildade, saber que o fato de ter um dom especial não o coloca em um ponto acima dos demais irmãos. Nenhum médium é coberto por uma aura de santidade que o absolve de todo pecado que comete, tão pouco lhe garante a salvação. Muito pelo contrário, só lhe aumenta a carga pois ele divide com os irmãos do astral a responsabilidade de ajudar quem precisa, daí a necessidade de aprendizado e maturidade porque agimos - nós médiuns - como médicos diante de um paciente: ele presume que somos totalmente preparados para a função que exercemos, que conhecemos a fundo seus males e os compreenderemos sempre. Fato é que isso está cada vez mais próximo de se tornar uma utopia, ao menos pelos exemplos que venho observando.

Em minha trajetória umbandista já ouvi frases do tipo "Vou estudar para que, se o guia já sabe tudo?" ou ainda "Não tenho nada a ver com isso, foi o guia quem fez" chegando a "Tô nem aí, se eu sentir guia perto vou logo deixando vir". Pessoas assim são cheias de boa vontade, não nego, mas também não dá para negar que é confortável se esconder atrás da boa vontade e se na conformada sombra da ignorância, pessoas que descobriram que a mediunidade se dá mesmo sem a busca pelo aprendizado ou a manutenção dos preceitos e rituais indicados pelo plano espiritual. Precisamos colocar em nossas cabeças que o conhecimento que os sábios nos deixaram em livros ou outros documentos é um favor enorme que nos prestam, uma benemerência sem fim e é analisando essa herança que evitaremos os mesmos erros cometidos por tantos (inclusive pelos sábios) e poderemos fazer muito mais por nossos irmãos e por nós mesmos! Para que começar do zero se podemos nos debruçar sobre os passos dos maiores?

Esse é um conselho que vale não somente aos umbandistas. Faça uma lista com quem, na sua opinião, são os maiores gênios que você conhece. Certamente aparecerão nomes como Steve Jobs, Bill Gates, Einstein etc. Agora busque quem foram os pensadores que os inspiraram e verão que o legado de seus ídolos é permeado por influências de seus mentores. Isaac Newton - na minha opinião o maior gênio da história - disse certa vez "Se consegui ver mais longe é porque me apoiei em gigantes"

O conhecimento está aí, use-o. Axé.

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