Falei semana passada sobre a busca por aprendizado, nossa missão aqui neste plano e a capacidade de encontrar Deus através de sua compreensão. Aprendizado. Vivendo e aprendendo com os acertos e, principalmente, com os erros. Todavia errar dói e para se defender da dor moral de um erro a consciência humana desenvolveu uma defesa: a negação. Todo mundo usa a negação, quando erramos logo damos um jeito de justificar o erro ou dar a ele aquela capa da boa intenção em que a atitude falha é vestida com o manto da necessidade. "Foi por uma boa causa, foi necessário" - sempre dizemos isso.
Eu faço isso quando erro, você também faz. É natural como qualquer outra reação de defesa humana, como um espirro para que o corpo se livre da poeira no nariz, como o arrepio que nos avisa que o frio é desconfortável, a negação tenta nos aliviar da culpa por uma bobeira ou um excesso cometido.
Contudo a negação nos impede de refletir? Não. O fato de sua mente tentar aliviar a carga da culpa, isso não mudará a mágoa que criamos, o desconforto gerado não pode ser esquecido e a cicatriz moral permanece. Então o fazer? Refletir sobre o impacto, se redimir e evitar que se repita, pois a reincidência é pior que o erro debutante, mostra total falta de consideração pelo próximo e também dolo pelo ato, já que a pessoa sabe e assume o risco de criar dano ao próximo.
Necessidade a parte, eu errei feio hoje. A mensagem foi correta, o meio foi desastroso e machuquei pessoas importantes para mim pessoal e espiritualmente. Para elas eu peço desculpas e dou minha palavra de não repetir o erro.
Sem negação, sem justificativas. Axé.