Olá irmãos, como estão todos?
Nesta semana eu recebi uma mensagem em nossa página no Facebook e a pessoa, entre outras coisas, me perguntou se é correto sentir e demonstrar medo de obsessores com ou sem manifestações físicas.
Eu gosto de perguntas assim, porque nunca me preocupei em respondê-las e me vejo obrigado a refletir sobre o caso e é nessas horas que me sinto abraçados pelos Guias e a resposta vem. Isto, para mim que sou um grande cético, é uma maravilha!
Notei que, no caso do medo, a mesma lógica se aplica à nossa vida física e ao plano astral. O medo é (pasmem!) o sentimento que nos mantém vivo, pois eles nos lembra que somos mortais, o quanto temos a perder e assim passamos a dar mais valor ao que conquistamos. O medo é o motor da prudência, sem ele somos tomados pela cegueira advinda da vaidade e da soberba. O medo nos mantém em constante estado de alerta.
Isto, no caso de nossa vida espiritual, respeita a mesma regra. Graças ao medo nós adquirimos o hábito da prudência e isto nos leva a pedir licença ao passar numa encruzilhada ou cemitério, a orar antes de dormir, agradecer à Oxalá ao acordar, se benzer e pedir proteção ao sair de casa etc. E a falta dele nos torna vaidosos (para mim o grande defeito da liturgia umbandista é este: a facilidade em envaidecer-se) e o umbandista vaidoso e destemido se torna um descuidado e o descuido nos faz presa fácil para os obsessores. Já vi terreiros ruírem por isso.
Neste caso, por ter medo do que há de ruim no mundo, eu nem deveria sair de casa, não é?
Não, sentir medo é saudável para a sua sobrevivência, mas amedrontar-se, deixar-se dominar pelo medo (assim como por qualquer outro sentimento, emoção ou vontade) e muito, muito errado. Nada pode atrapalhar a sua razão, tanto no plano físico quanto espiritual. Ao se deparar com um obsessor, por exemplo, devemos teme-lo como forma de garantir a nossa preservação, contudo não podemos nos amedrontar ou recuar diante do desafio que, como todos em nossa vida, foi plantado em nosso caminho para ser enfrentado. No caso específico de obsessão, minha experiência me mostrou que, embora estejamos com os joelhos trêmulos, recuar é um erro quase tão grande quanto avançar em demasia. O meio termo é o avanço respeitoso em direção ao seu objetivo que é a vitória sobre a demanda, sempre munido de fé, determinação e cautela.
Resumindo, irmãos: o medo é natural, se deixar dominar por ele é um erro.
Concordam? Discordam? Tem algo a acrescentar? Deixe sua opinião nos comentários!
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