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14 de jan. de 2013

Fazendo planos para o terreiro em 2013

Preparados para 2013?
Bom dia umbandistas, como estão?

Na última semana eu falei sobre como encerramos o ano em meu terreiro e fiquei lhes devendo algo sobre o ano que se inicia. Pois bem, hoje falarei sobre as expectativas de um pai em relação aos seus filhos.

Todo começo de ano eu imagino uma situação ideal para o terreiro. Com todos motivados, aprendendo, cantando, se doando e fazendo a caridade. imagino giras quinzenais (atualmente acontecem a cada 21 dias) com algumas sessões reservadas apenas para o desenvolvimento dos médiuns, sem visitantes. Todos libertos de suas vaidades e contribuindo para a ordem do templo. Seríamos um exemplo a ser seguidos. Imagino isso o tempo todo, mas principalmente no início do ano. É a situação ideal.

Após isso eu coloco novamente meus pés no frio chão da realidade e vou mensurando os fatores que impedem a imediata realização dessa situação ideal. Vou me lembrando que escrevi uma apostila que ninguém leu - embora tenha sido muito elogiada por pessoas que não são do terreiro - e que repito as mesmas canções em toda gira, mas a maioria se recusa a aprender porque não treinam durante o intervalo entre uma sessão e outra. Me recordo das vezes que tenho de repetir mil vezes as mesmas broncas, relembrar as decepções pessoais que tenho ocasionalmente com certos filhos me faz querer abandonar tudo, me vingar até. E perco as esperanças.

Fico triste e com vontade de abandonar tudo: religião, filhos, terreiro, responsabilidades... E é nessa hora que começo e recordar daqueles sorrisos, dos momentos mágicos que criamos juntos, das barreiras que cada um deles derruba para estar na comunhão do templo, do esforço que fazem para superar suas limitações. Então a vontade se renova, a alegria anula a tristeza e eu saio do estágio emocional e passo a raciocinar de forma mais lógica, planejar o ano, definir ações e mudanças. e o ano segue, acumulamos vitórias que se sobrepõem às perdas.

Fico imaginando se meus pais pensam assim em relação a mim e meus irmãos, se todos os pais pensam assim. Umbanda não é fácil... e se fosse, talvez não seria tão gostosa.

Axé.
 
P.S.: Estão todos convidados para a nossa festa de Oxossi!
 
 

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