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13 de ago. de 2012

A Umbanda e Tyler Durden - parte 1


Olá irmãos, como estão vocês? Gostaria de pedir desculpas pelo atraso no texto, mas tive compromissos que exigiram de mim total disponibilidade e dedicação, contudo esse período me foi salutar para que eu pudesse amadurecer melhor a ideia a ser trabalhada no texto de hoje.

Sempre digo aqui que devemos aprender com tudo na vida, não apenas com conselhos dos Guias ou vivências dentro do terreiro. Eis que eu estava assistindo um dos meus filmes favoritos, o "Clube da Luta", baseado no livro homônimo de Chuck Palahniuk que tem como personagem principal um sujeito chamado Tyler Durden. Essa personagem é conhecida por suas frases de efeito que colocam as pessoas para pensar sobre que elas realmente são e sobre sua relação com as demais pessoas e coisas. e é sobre esses pensamentos que falaremos neste e nos próximos textos. em determinado momento Tyler compões o seguinte poema:

As operárias podem partir.
Até os zangões podem voar.
Mas a rainha é a sua escrava.

Inicialmente parece um belo apanhado de baboseiras, mas se olharmos com atenção esse poema veremos que ele trata da inversão de valores na sociedade, ou seja, quanto maior o status ou o cargo de alguém, maior sua servidão e suas amarras ao sistema.

Isso me fez lembrar de minha situação como dirigente de terreiro. Vejo tantas pessoas entrando nos templos querendo um dia ser Pai ou Mãe de Santo pensando que esta é uma tarefa fácil, que o destaque é encantador e que mandamos em tudo e todos dentro do templo, mas essas pessoas não tem noção do quanto somos servos da obra. Que assim como a rainha é a verdadeira escrava da colmeia os dirigentes de terreiro são também de suas casas. Por sabermos a real dimensão da missão e tudo o que é envolvido, não podemos partir senão a casa rui em cima de todos e principalmente em cima de nós mesmos. Quanto maior o destaque num templo, maior a simbiose com o sistema.

Eu tenho inveja das operárias porque elas podem partir quando quiserem, já a rainha está aprisionada, embora ame o que faz, à sociedade na qual ela é o eixo principal.

Alguém aí tem outra visão deste tema?

Ser Pai de Santo não é fácil, a obra nos consome assim como nos dá vida. Axé.

P.S.: semana que vem tem mais frases do Tyler para estudarmos.

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