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2 de jul. de 2012

Como Zé Pelintra me ensinou a não odiar


Olá amigos, como vão? Há pouco mais de um mês nós estávamos em Itanhaém realizando mais uma festa de pretos velhos e lá, mais uma vez, tudo correu muito bem. Foi tudo muito lindo.

Só que no dia seguinte eu soube que o Sr. Zé Pelintra ficou de visitar um de nossos filhos que passava por um momento de profunda angústia e eu jamais me oporia a uma determinação de um Orixás, posto que estas manifestações fora do templo não são corriqueiras, logo o assunto é sempre muito sério.

Já era tarde da noite quando ele foi embora depois de horas daqueles diálogos em que o ZP faz com que as pessoas encontrem em si a verdadeira força, a semente que Deus plantou em cada um. Nós - Pai Anderson, sua esposa e duas filhas de colo e eu - ainda te'riamos de enfrentar algumas horas de estrada e cansaço até chegarmos em casa. foi quando iniciou-se o diálogo entre o Zé e o Pai Anderson:

Pai Anderson: Pai, vai com a gente no carro né? a coisa tá ficando feia..
Zé Pelintra: E você acha que eu não vou?

Uma hora depois nós já estávamos na estrada cantando pontos do Seu Zé, batucando ao volante, chapéu de fita vermelha na cabeça e guia no pescoço e o pneu estourou. Parque das bandeiras em São Vicente, o pior lugar do mundo para seu pneu estourar às 23:00h. Dois minutos depois fomos abordados por dois homens armados que queriam carteiras e celulares. Estavam visivelmente alterados por drogas e coisas assim, mas em compensação todos do carro foram tomados de uma calma impressionante quando um dos marginais viu que havia duas crianças no carro e disse: "Vão embora, só vou aliviar para vocês por causa da mulher e dos seus filhos". Se virou e desapareceu.

Minha reação naquele momento foi dizer-lhe olhando nos olhos: "Irmão, vai com Deus"

Eu não tinha ódio no coração, não queria mal algum ao rapaz e nem me importei com o celular que ele roubou. Eu queria paz, queria estar em casa, queria que todos os envolvidos nessa história ficassem bem. Queria deitar em minha cama e agradecer a Deus e ao Seu zé pela lição, por me permitir este momento de agonia para que eu pudesse aprender com isso e me livrar do impulso ao ódio.

E eu consegui. Apesar dos pesares, todos ficaram bem. Graças a Deus e ao Sr. José Pelintra!

Axé.

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