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15 de mar. de 2012

A PONTA DO ICEBERG


Ser um umbandista sério está longe, muito longe de ser uma tarefa fácil. Mas afinal nada na vida é, não é mesmo? Talvez fácil mesmo seja levar a vida de uma forma mediana, não ser o melhor e nem o pior. Assim não se vive com o mínimo e não há o desconforto de buscar a excelência. Nada contra isso, afinal cada um vive a vida do jeito que quiser. Contudo na Umbanda é diferente porque não há individualismo, tudo em um terreiro é compartilhado. O que fazemos reflete-se imediata e diretamente nos demais e não podemos esquecer que no templo lidamos com a vida de pessoas carentes - admitamos, na maioria dos casos o terreiro é a última alternativa de uma alma desesperada. Lidamos com sentimentos e energias delicadas demais para serem tratadas sem zelo, é necessário estudo e dedicação à obra, caso contrário o risco de as coisas começarem a dar errado aumentará consideravelmente.

A busca pela excelência do umbandista não é difícil, bastam ao fiel o conhecimento da causa umbandista e o foco em sua missão. Na verdade estes fatores se convergem, pois é preciso conhecer a missão, os direitos e as obrigações do umbandista, saber sobre tudo o que se passa nos planos invisíveis do templo e só a partir disso o umbandista começará a desenvolver o foco naquilo que interessa: a caridade. 

A caridade é a ponta do iceberg, até chegar nela devemos percorrer uma trilha imensa de conhecimento e de amadurecimento. Vestir uma roupa branca e firmar a cabeça qualquer um faz. transferir a responsabilidade da caridade a um orixá é a coisa mais fácil do mundo. Mas se esforçar para garantir a pureza na troca de energias entre o plano terreno e o espiritual, conhecer muito bem sua missão na terra junto dos seus semelhantes e agir para que o mundo seja um lugar mais tolerante, isso não se faz do dia para a noite. Não se faz sem ordem e sem determinação. Isso medianos e individualistas não fazem.

Axé.

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